RC e mais 10 governadores protestam contra Moro e denunciam perseguição a Lula
Aliado
político do ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador da
Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), e os demais gestores dos estados
do Nordeste, além dos de Minas Gerais e do Acre, publicaram nesta
segunda-feira (09) uma Nota Oficial no qual eles condenam a atitude do Juiz
Sérgio Moro de obstruir a decisão do desembargador Rogério Favrero, para
libertar o ex-presidente Lula. Os governadores protestam contra a pressa do desembargador Carlos Flores para
rever a soltura e consideram que o Judiciário está agindo de maneira parcial,
diz a carta.
Confira
a nota na íntegra
Na manhã de hoje, o povo brasileiro recebia a
auspiciosa noticia da libertação do Presidente Lula. O Desembargador competente
para apreciar liminares durante o plantão reconduzia o Brasil à senda da
legalidade democrática e respondia às aspirações nacionais de
reconstitucionalização do país.
A condenação do Presidente Lula se deu
de forma contrária às leis brasileiras e à jurisprudência de nossas cortes
superiores. A decisão condenatória foi proferida por magistrado desprovido de
competência legal, cujas condutas tem revelado, reiteradamente, total ausência
de imparcialidade. Basta lembrar da divulgação ilegal de diálogos telefônicos
mantidos pelo Presidente Lula, que foi prontamente rechaçada pelo Supremo
Tribunal Federal.
Agora, o mesmo magistrado, atipicamente,
se insurgiu contra a decisão do desembargador de plantão, determinando às
autoridades policiais que se abstivessem de cumpri-la. Essa atitude revela
muito mais que zelo na condução dos processos submetidos à sua jurisdição:
revela inaceitável parcialidade, além de desprezo pela organização hierárquica
do Judiciário.
De modo ainda mais atípico, o
Desembargador prevento antecipa o retorno de suas ferias e avoca o julgamento
do habeas corpus, revogando a liminar concedida.
Lula, como todos os brasileiros, não
pode ser beneficiado por privilégios ilegais. Mas também não pode ser
perseguido, como evidentemente tem sido.
Apenas a aplicação imparcial das leis
que dispõem sobre a liberdade e as condições de elegibilidade podem dar lugar a
eleições legitimas em 2018.
PB
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