Ministro que assume a Presidência do TSE em maio disse nessa sexta (10), que é cedo para definir sobre adiamento de eleições. “ Se tivermos que adiar por dois meses, que possamos realizar no primeiro domingo de dezembro", afirmou.
Luis Roberto Barroso Foto: Internet |
O ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira (10)
que ainda é cedo para uma definição sobre um possível adiamento das eleições
municipais de outubro e que quem pode fazer isso é o Congresso. "A mudança
de data da eleição depende do Congresso. Se tivermos que adiar por dois meses,
que possamos realizar no primeiro domingo de dezembro", afirmou.
Neste caso, segundo ele,
teria de haver uma aceleração da diplomação dos candidatos e dos prazos de
prestação de contas de campanha para que a possa seja em 1º de janeiro. Em
entrevista à rádio BandNews, Barroso, que assumirá em maio a presidência do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), lembrou ainda que há questões técnicas a
serem cumpridas até junho como os testes das urnas. "E, quero lembrar,
nunca se conseguiu provar nada contra as urnas eletrônicas", acrescentou.
Barroso se mostrou contrário
à ideia de se transferir as eleições para 2022, para realização de um pleito
único para os cargos estaduais e nacionais. "É um equívoco sob múltiplos
pontos de vista", afirmou. A começar do fato de que os atuais mandatários
foram eleitos para quatro anos "pelo jogo democrático" e a extensão
do seus mandatos não pode ser "na canetada". "Se for inevitável
prorrogar mandatos que seja por alguns dias", disse.
Além disso, afirmou, do
ponto de vista institucional, juntar eleições municipais e nacionais pode
confundir o eleitor, que terá de votar em sete cargos diferentes: prefeito,
vereador, governador, deputado estadual, deputado federal, senador e presidente
da República. Outro ponto é que as eleições nacionais têm uma agenda própria,
diferente da pauta da eleição municipal. "Vai se municipalizar temas
nacionais e se nacionalizar temas nacionais", argumentou. Por fim, afirmou
que a concentração de tantos cargos numa única eleição será caótico para a
Justiça Eleitoral.
R7
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