Lula recebe solidariedade de Temer e FHC “'Aprendi a separar divergências políticas e embates eleitorais da amizade”. diz Lula

Lula distribuiu conselhos a Temer:
“Não se faz reforma da Previdência com o país em recessão”. Queixou-se do
Supremo Tribunal Federal: “Está acovardado”. Abriu uma fresta para o diálogo:
“Michel, quando quiser conversar comigo, me chame. Não posso é ficar me
oferecendo.” E Temer: “Ah, com essa abertura, vou chamar muitas vezes.”
Temer hesitara em voar para São
Paulo. Receava não ser bem-vindo. Sondado, Lula estimulou a viagem.
Acompanharam o presidente pajés do PMDB (Renan Calheiros, Romero Jucá, José
Sarmey e Eunício Oliveira, por exemplo), um par de estrelas do tucanato (José
Serra e Cássio Cunha Lima) e ministros (Moreira Franco e Helder Barbalho).
Lula disse que a vida lhe ensinou a
''separar divergências políticas e embates eleitorais da amizade.'' Fez
menções elogiosos ao grão-tucano Fernando Henrique Cardoso, que o visitara mais
cedo no hospital.
O encontro com FHC, disse Lula,
sinalizava para a juventude a necessidade de superar o ódio e a intolerância
que intoxicaram a política brasileira.
Lula sentiu-se à vontade para
aconselhar Temer. Disse, por exemplo, que uma reforma como a da Previdência só
pode ser feita num período em que a economia estiver “bombando”. Chamado de
você, Temer se dirigiu a Lula sempre em timbre cerimonioso: “O senhor também
fez uma reforma da Previdência”. O ex-presidente petista não se deu por achado.
Declarou que, sob recessão, a mexida nas regras da Previdência potencializará a
impressão de que aposentados e pensionistas pagam a conta.
Uol
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